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maio 03, 2015

Manifestação dos "professores" no Paraná. Parte 1.

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Quase 2 milhões de pessoas em manifestação contra o governo e nenhum enfrentamento com a polícia... "Professores" em manifestação no Paraná e vejam o que deu... Pra entender um pouco dessa confusão é bom atentar pra notícia abaixo, as orientações que dá aos "pacíficos manifestantes" e depois para as orientações dadas a militância petista em seu "Caderno de teses", pois dele vem o "plano de ação" dessa gente.

- http://www.fabiocampana.com.br/2015/04/app-sindicato-convoca-para-a-guerra/

A APP-Sindicato quer impedir a votação na Assembleia por todos os meios, como o fez em março. Está convocando todos para aderir à greve e ao movimento contra a reforma da Previdência a ser votada a partir de amanhã. Sem se preocupar com a as palavras turbar ou esbulhar, do juiz Eduardo Lourenço Bana.

A professora Rosani Clair Cruz, ligada ao sindicato convoca até os blacks blocs nas redes sociais para a manifestação e dá instruções de como se portar em caso de nova invasão da Assembleia Legislativo e no enfrentamento a Polícia Militar.

“Convocamos a toda juventude, trabalhadores, estudantes, professores e todos os combativos para a proteção dos professores e suas reivindicações, não podemos permitir um governo tirado como este pisar no direito de reivindicação e manifesto. Nem a justiça, nem a policia e nem a elite governamental está do lado do povo,não podemos mais aceitar as agressões desse desgoverno contra os educadores, é hora do povo se unir contra essa elite de parasitas. Na página há tutoriais, espalhem! Se organizem, se reúnam e avante para a luta. Não tem arrego”, diz a convocatória.

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Sobre o "caderno de teses".
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http://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2015/04/TESES5CONGRESSOPTFINAL.pdf

Para todo aquele que pretende se manter informado sobre exatamente com que tipo de pessoas estamos lidando na política nacional, notoriamente no caso do PT (mas não só) e toda a guerra cultural que ele propõe, se torna indispensável a leitura do caderno de teses de partido.

O item 3 já dá mostras da quantidade de sujeira que virá. Pois ele atribui as 4 vitórias presidências aos "sucessos" dos programas sociais. Só não vai explicar a razão de em uma democracia que se diz "plena", a contagem dos votos ser secreta e ser impossível fazer uma auditoria... Mas aqui vale lembrar Stalin que já havia descoberto que "não importa quem vota, o que importa é quem conta". É melhor repetir, não existe democracia com contagem secreta de votos. Destaco outros dois itens que ilustram um pouco mais da confusão ideológica que o documento pretende incentivar.

16. A direita tenta resolver o impasse via reforma política conservadora, judicialização da política e criminalização da mobilização social.

17. É neste contexto que deve ser interpretada a mais recente onda de violência policial militar contra a juventude pobre e negra das periferias das grandes cidades e contra os movimentos sociais, em especial nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Não se trata de desvio nem de novidade, pois tem sido esta a prática das PMs desde a Ditadura Militar. Mas sinaliza uma ação organizada de setores da direita que apostam no extermínio e no fascismo.

Notou a menção a "juventude pobre e negra" e contra os "movimentos sociais"? "Movimentos sociais" que são apenas aqueles ligados diretamente ao governo como MST (que nem existe juridicamente e ganha rios de dinheiro) e qualquer outro que possa ser utilizado como massa de manobra. Qualquer grupo fora do que se define como "movimento social" não tem sua opinião considerada como expressão legitimamente popular. Lembra do que certo molusco falou sobre quem seria a "elite" no Brasil? A "elite é loira, branca e tem olhos azuis"... Fico realmente abismado quando alguém vê esse tipo de discurso e não se ofende.

Allan Roberto Régis.

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Outras palavras sobre o "caderno de teses". (retirado da internet)

Incomodado com as manifestações nas ruas e fora delas, o PT lança um caderno de teses com 165 páginas e afirma: PRECISAMOS DE UM PARTIDO PARA TEMPOS DE GUERRA. 10983318_638572219620646_8363455073275295278_n

Quase tudo está escrito em novilíngua e muitos dos objetivos podem passar batidos, caso lidos de maneira primária. No entanto, destrinchamos alguns deles e, para isso, recomendamos que você abra o PDF no link abaixo e acompanhe os escritos abaixo dos títulos aqui citados:
http://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2015/04/TESES5CONGRESSOPTFINAL.pdf

"7. A primeira tarefa é reocupar as ruas."
A turma da CUT e demais satélites pão com mortadela controlados pelo PT já estão fazendo a tarefa.

"8. A segunda tarefa é construir uma Frente Democrática e Popular."
Essa frente milita atua em prol da agenda petista sem tocar necessariamente no nome do partido. São pautas como a defesa da "democracia", da Petrobras e afins. O objetivo é pautar a mídia e a população através de pseudo-pressão popular, travestindo a militância de povo, fingindo refletir a vontade deste.

"9. A terceira tarefa é mudar nossa estratégia."
A mudança de estratégia significa o endurecimento do regime perante a oposição. Será preciso acelerar a transição para um regime socialista/comunista. Ao mencionarem a quebra da espinha dorsal da corrupção, querem dizer com isso a quebra da oposição e de qualquer eixo que não coaduna com a agenda do partido. Corrupção, para o PT, é furar com os objetivos do partido.

"10. A quarta tarefa é alterar a linha do governo."
Aqui, fica claro que os movimentos de esquerda precisam se unir. A velha e boa fórmula de exigir que "os ricos paguem a conta" significa transformar em "elite golpista" todos aqueles que estão contra o PT, alegando que os mesmos são controlados pela grande mídia, criando mais um motivo para censurá-la de vez, mesmo que esta receba enormes verbas estatais e não faça outra coisa senão promover a agenda da base governista.

"11. A quinta tarefa é mudar o próprio PT."
"Precisamos de um partido para tempos de guerra."
E se você ainda não entendeu o quão psicopático e mentiroso é o PT, leia os trechos abaixo e contraste-os com a realidade:

"2. Os atos do dia 13 de março, com a CUT e os movimentos populares à cabeça, forneceram um ponto de apoio para a resistência popular à ofensiva reacionária.Reuniram mais de 100 mil nas Capitais, com uma pauta original de defesa dos direitos dos trabalhadores (contra as MPS 664 e 665 e o PL 4330), em defesa da Petrobras (patrimônio do povo ameaçada de privatização) e pela reforma política (corrupção se combate com reforma política e essa se faz com Constituinte), acrescentando a defesa da democracia (o mandato presidencial, contra o impeachment e o golpismo)."

"5. Já o dia 15, reuniu num domingo centenas de milhares (não “milhões”), convocados por empresários, partidos de oposição (PSDB, PPS, Solidariedade, PSB-SP e outros), que não ousaram dar a cara, preferindo manipular um descontentamento, em particular com a corrupção, para canaliza no “Fora PT" e "Fora Dilma”. Para isso, a Assembleia Legislativa paulista mudou o horário de posse dos deputados para levar caravanas do
interior à Paulista, horário de jogo de futebol foi mudado, a Globo fazia propaganda contínua, setores de igrejas católica e evangélicas se juntaram à maçonaria, enquanto patrões até dispensavam os turnos de domingo."

"6. Na verdade, similar nas condições brasileiras, ao que fazem hoje os reacionários pró-imperialistas nas vizinhas Venezuela e Argentina, disseminando seu ódio de classe ao povo e às organizações dos trabalhadores (sedes do PT incendiadas etc.)."

Então, caríssimo(a): o PT lhe trata como um serviçal de partidos que sequer oposição são, como robozinho de uma mídia que boicota os protestos e ainda justifica o genocídio e a tirania do Foro de São Paulo, praticados em países como a Venezuela, como respostas aos "reacionários pró-imperialistas", cujo desejo é poder comprar papel higiênico, leite e farinha de milho para suas famílias.

Chegou a hora de cada brasileiro de bem saber com quem realmente está lidando e engrossar as fileiras da oposição. É fundamental que ocupemos os espaços além das ruas, ampliando a guerra cultural. Ou isso, ou viraremos uma Venezuela.

Manifestação dos "professores" do Paraná - Parte 2.

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